A indústria de quadrinhos tem a sua origem no começo do século passado, mas a Segunda Guerra Mundial se provou um desafio durante a fase de crescimento - até que um grupo de quadrinistras demonstra o potencial de usar as páginas e personagens para comentar o mundo real. Capitão América, Mulher-Maravilha, os trabalhos de Will Eisner e muitos outros da época mostram como as HQs não seriam o que são hoje se não fosse pela experimentação de alguns durante a década de 1940.
Depois do fim da 2ª Guerra Mundial, o mundo dos quadrinhos sofreu uma mudança brusca. O estado de medo criado pelas ameaças nucleares, e o fim de grandes antagonistas como Hitler e os nazistas causa um declínio do gênero de super-heróis, e o que rouba os holofotes são histórias de terror, com crimes, monstros ou zumbis. Neste mesmo contexto, no início da Corrida Espacial, quadrinhos de ficção científica também entram em alta, e as HQs começam a incrementar histórias com discos voadores ou alienígenas malignos.
Os Estados Unidos e a União Soviética viviam sua própria "Guerra Secreta" nos anos 50, muito antes da famosa minissérie da Marvel. Era a briga pela hegemonia entre o capitalismo e o socialismo. Ela era travada de forma indireta e longe das trincheiras, com acordos econômicos, a corrida espacial e testes atômicos. Durante essa Guerra Fria, a paranoia nos Estados Unidos era intensa e as pessoas enxergavam inimigos em todo lugar. Qualquer um poderia ser um espião comunista, qualquer ferramenta, qualquer meio poderia representar um ataque ao "american way of life", o estilo de vida americano. Até mesmo as histórias em quadrinhos.