Diadorim e Riobaldo
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Riobaldo e Diadorim são personagens do livro Grande Sertão: Veredas(1956), do escritor João Guimarães Rosa (1908-1967).
Riobaldo, ou Tatarana, Urutu-Branco é o narrador-protagonista do romance. Morador às margens do São Francisco, conta sua trajetória de vida com acentos e jeitos sertanejos – uma inusitada invenção de linguagem, a um interlocutor que nunca se pronuncia, a quem ele chama “Senhor” ou “Moço”. Em sua narrativa, intérprete dos segredos das veredas, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e autoconhecimento: revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio, como se dissesse “o sertão sou eu” para reconhecer-se. Nessa perigosa travessia, Riobaldo confronta as forças do bem e do mal, retoma, num fluxo de memória, o fio de sua vida e narra as grandes lutas dos bandos de jagunços, descreve os feitos e características de diversos personagens, revelando os códigos de honra e de procedimentos do sertão.
Ex-jagunço de um bando dos “sertões das gerais” (sul da Bahia, norte de Minas Gerais e norte e nordeste de Goiás), Riobaldo assume a liderança do bando com a morte de Joca Ramiro, seu chefe, assassinato por Hermógenes, líder de um grupo rival. Riobaldo tenciona vingar a morte de Joca Ramiro, para ele uma questão de honra. Nessa intenção tenta um pacto com o demônio, para obter proteção e força na vida de jagunço.
Uma das angústias de Riobaldo era sobre a existência do “Diabo”, e se verdadeira a sua condição de pactuário. Ao final da narrativa está certo que não: “Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano.”
No meio de sua travessia, surge a enigmática amizade e afeição por um companheiro de pelejas, com quem dialogava todo o tempo. Ficam amigos e confidentes. Diadorim é Reinaldo, filho do grande chefe Joca Ramiro, traído por Hermógenes.
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